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Mostrando postagens de 2018

Política X Religião

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Salve, salve, galerinha do bem!!! Hoje o que me traz à frente do computador para escrever é a preocupante situação que nosso amado Brasil atravessa com as eleições para Presidente da República. Normalmente se ouve dizer em diversas denominações religiosas que política e religião não devem se misturar, pois o objetivo religioso é o religare (religação ao sagrado) enquanto a política é considerada algo profano e que deve ser mantido fora de espaços religiosos. Até concordo com essas afirmações, porém os chamo a uma reflexão. Vivemos em sociedade e por viver em sociedade somos levados a conviver com diversas pessoas das quais gostamos de algumas e de outras não gostamos e apesar disso, a boa educação, nos leva a dizer bom dia, pedir licença, dizer obrigado e por favor, isso, meus irmãos, também é fazer política.  Nós praticantes de religiões de matriz africana temos hierarquia dentro do terreiro, cada terreiro tem suas normas, diretrizes, regras, que funcion

Saber doar

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Salve, salve Galerinha do Bem!!! Hoje o tema do meu texto é saber doar. Você, de fato, sabe doar? Muito se fala da prática da caridade dentro dos terreiros de Umbanda pelo Brasil a fora, mas eu me pergunto até que ponto boa parte dos médiuns umbandistas estão preparados para fazer a caridade da forma apregoada pela grande maioria de nós. Eu entendo que a caridade é fazer o bem de forma desinteressada ao próximo, mas calma, vamos pensar um pouco. A maioria dos terreiros ou funciona na casa de seu próprio dirigente espiritual ou em um imóvel alugado. Em qualquer uma das duas situações há custos para que o terreiro funcione, tais como: aluguel, água, luz, material de consumo (vela, ervas (frescas e secas), carvão, velas, comidas e bebidas, etc) isso sem contar o aluguel quando o imóvel não é próprio. Com isso em mente não é certo falar mal de seu dirigente espiritual quando este institui uma mensalidade para os filhos da casa e até para frequentadores mais assíduos que de

Hora de nos unir!!!

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Salve, salve, meus irmãos de fé em Oxalá, Lemba, Lissá. Hoje meu texto não é um relato da minha caminhada espiritual como sobre como entendo alguns assuntos ligados à religião, mas um chamamento de vocês, meus irmãos e irmãs, em especial meus irmãos do Candomblé, seja de que nação você for Ketu, Angola, Jeje, Fon, meus irmãos do Omolokô, meus irmãos do Batuque. Mais uma vez somos tomados de assalto por um projeto de Lei que visa nos privar do direito inalienável de todo cidadão brasileiro que é a liberdade de culto e crença, um direito assegurado pela Constituição Nacional. A RE 494601 tem como objetivo criminalizar nossas práticas religiosas, em especial nossos rituais que envolvem o sacrifício de animais. Os autores do projeto alegam haver crueldade e desrespeito com os animais ofertados e querem nos equiparar a criminosos que torturam os animais com prazer. Nós que somos do axé, vivemos o axé, sabemos que todo animal que é ofertado a um Orixá, um Nkice, um Vodun

Os obstáculos do caminho.

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Salve, salve, Galerinha do bem!!! Nossa há quanto tempo não escrevo aqui no blog!!! Ando em uma fase de bloqueio criativo e de muita correria no trabalho, sei que não é desculpa para não escrever aqui, pois quando se quer de verdade alguma coisa, sempre se encontra por onde fazer acontecer. Bem comentei em um artigo anterior que pretendo me iniciar no Candomblé Nação Angola. Conversei longamente com meu Tat'etu, peguei a relação de tudo que é necessário e comecei a fazer os preparativos para minha iniciação. Como todos sabem os itens utilizados em uma iniciação são muitos e alguns são bastantes caros o que me fez desembolsar uma grande quantia em dinheiro e não comprei tudo ainda, ainda falta bastantes coisas, mas tenho fé que no tempo certo conseguirei comprar tudo que falta para fazer minha iniciação. Quem já passou pela iniciação ou as obrigações de ano sabe como o período que antecede os atos religiosos são difíceis, tudo parece que conspira contra, que nad

Roupa de Santo - Zelo e Capricho

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Salve, salve, Galerinha do bem!!! Sei que ando sumido do blog, tenho andado muito ocupado com minha rotina de trabalho como professor e também, admito, tenho andado sem muitas ideias para escrever. Hoje resolvi escrever sobre um assunto que talvez pareça desnecessário falar, mas algumas pessoas não dão a devida atenção a ele, que é nossa roupa de santo. Roupa de santo não é só a roupa que seu Orixá veste na hora de dar o rum ou aquele richillieu lindo que você pagou R$800 ou mais e usa lindamente nas rodas de Candomblé, visitas a outros asès ou nas giras de atendimento. Sim! aquela roupa de ração que você usa nas funções também é roupa de santo e como tal merece cuidados. Uma coisa que aprendi ao longo de meus 20 anos de Umbanda é que roupa de santo não se lava, nem se guarda com as roupas civis. É importante lavar nossas roupas de santo em separado, afinal, você como bom filho de santo que é sabe que lidamos com energias, inclusive, em nossos afazeres profissi

Sicretismo Religioso. Certo ou errado?

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Salve, salve, Galerinha do Bem!!! Hoje quero falar de um assunto que considero delicado mas importante falar, que é o sincretismo religioso. É preciso entender porque o sincretismo religioso surgiu, como ele ocorreu, por quê ele ocorreu e para isso é preciso revisitar a História do Brasil na época do Ciclo da Cana de Açúcar, época em que o tráfico negreiro iniciou e alcançou seu apogeu. Sem sombra de dúvidas esse é um capítulo da História de nosso país da qual não devemos nos orgulhar. Desde que o Brasil foi descoberto pelos navegadores portugueses muitas pessoas morreram entre nativos e africanos em função dos maus tratos e dos trabalhos forçados até a exaustão. Como sabemos a primeira tentativa de escravidão no Brasil ocorreu com o nativo, que foi denominado índio, pois os portugueses acreditavam ter alcançado as Índias onde iriam comprar seda e especiarias.  Essa tentativa, feliz ou infelizmente, não deu certo, pois o nativo brasileiro não estava acostumado a

O Valor da Iniciação

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Salve, salve, Galerinha do bem!!! Como falei em meu post anterior estou passando por um momento novo e muito especial de minha caminhada espiritual, estou me iniciando no Candomblé de Angola. Como todo processo iniciático das religiões de matriz africana esse processo possui várias etapas, algumas de conhecimento público outras veladas, restritas aos iniciados de cada casa.  No candomblé existe um ditado, que eu sempre usei e nunca imaginei vir do Candomblé, que é o seguinte: "Cada casa mexe a sua panela com a colher de pau de recebeu" que quer dizer que cada casa ensina seus mais novos de acordo com o que foi ensinado por seu fundador que aprendeu com seus mais velhos desde tempos imemoriais ainda na Mãe África, antes de serem violentamente trazidos ao Brasil na condição de escravos. Toda iniciação que recebemos deixa marcas em nós. Deixa marcas na memória, no corpo espiritual, algumas deixam marcas também no corpo físico, mas a mais importante é a marca de

Transformações na vida do médium.

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Salve, salve, Galerinha do bem!!! Estou aqui mais uma vez depois de um longo afastamento do blog. Estive ausente, pois estava passando por um momento de grandes dúvidas, escolhas, mudanças em minha vida e  no meu caminhar religioso. Cheguei ao final deste processo depois do carnaval, após refletir muito. Vivi longos e felizes 20 anos na Umbanda, religião que me acolheu, amparou e sustentou em meus momentos de dor, de angústias, de dúvidas e incertezas. Foi também na Umbanda que encontrei meu caminho vocacional dentro do caminho dos sagrados Orixás que foi ser Pai. Sou e sempre serei grato ao Pai Pena Verde por ter acreditado em mim e ter me coroado Pai. Jamaisme esquecerei da obrigação no Santuário Nacional da Umbanda em que ele coroou meu irmão Pai Diego de Ogum e a mim Pai na religião. Por diversas razões a vida foi me conduzindo por outros caminhos, me apresentando e consagrando em outros fundamentos através das mãos de meu atual Pai de Santo a quem sou e sempre sere