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Mostrando postagens de 2014

Milagre X Mérito

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Prezados irmãos, Já sou médium umbandista há 16 anos, nesses anos todos de santo eu tenho percebido que 99,9% dos consulentes que chegam até os guias que usam meu corpo para aconselhar e ajudar a quem deles precisa normalmente chegam esperando que eles tenham as respostas cabais e definitivas para seu problema ou que eles tenham uma solução mágica ou milagrosa para suas mazelas num estalar de dedos ou o balançar de uma varinha de condão. De fato todo guia que se manifesta em seu médium nos terreiros terá uma palavra de conforto, de consolo, um bom conselho, uma orientação, mas de que adianta se ajoelhar aos pés de uma entidade se você mesmo não está disposto a ouvir, ou pior, vem esperando ouvir apenas aquilo que quer ouvir e não a verdade. É tempo perdido, para você, pois para a entidade o tempo foi investido lhe dando um passe enquanto você se recusa a ouvir o que ela tem a dizer para que você possa sair ao menos melhor do que quando chegou. Outros tantos vêm ao terreiro

Injustiça Federal

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Prezados irmãos em Oxalá. Como bom filho de Xangô, não posso consentir que tal barbaridade seja verdadeira. Recentemente um juiz federal proferiu um julgamento no qual afirma que o Culto de Nação (Candomblé) e a Umbanda não são religião. Para aumentar ainda mais o preconceito, segundo o que li em redes sociais, ele afirma que os referidos cultos não podem ser considerados religião por não possuirem um texto base ou livro sagrado, hierarquia e um Deus para ser louvado. Ora meritíssimo senhor juiz... bem se vê que o senhor desconhece nossa religião e religiosidade. Em primeiro lugar possuímos um Deus para ser louvado sim. Apenas o denominamos de uma forma diferente. Para nos ele é Olorum, Zambi enquanto para outros é Deus. Melhor ou pior? Não! Apenas diferente! Segundo. Nossa religião não tem texto base ou livro sagrado porque está fundamentada na oralidade, ou seja, todo conhecimento é transmitido na convivência no terreiro do mais velho ao neófito. Repito. Melhor ou pio

O Cambono na Umbanda

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Saravá pra quem é de saravá, Motumbá pra quem é motumbá, Mucuiu pra quem é de Mucuiu. Meus queridos irmãos leitores, hoje quero falar sobre uma figura tão importante no terreiro quanto os próprios médiuns e às vezes não é tratado com a devida atenção que é o cambono.  É minha gente o cambono! A quem peço licença para falar um pouco sobre sua pessoa. Sem o cambono, o ogã e as ekedis (na casa em que há esse cargo) a gira não acontece, pois quanto o Pai e/ou a Mãe e Pais e/ou Mães Pequenos incorporam quem administra e cuida de tudo são eles. Sem esses irmãos que não possuem o dom da incorporação para auxiliar com amor e respeito os guias incorporados muita coisa seria difícil ou impossível de acontecer. Hierarquicamente temos os Ogãs e Ekedis depois os Cambonos seguidos pelos médiuns iniciantes no culto. A função do Cambono é prover o guia ao qual foi designado para auxiliar de tudo que necessitar durante o seu atendimento. De casa para casa se ensina os cambonos de

Por que se usa a gamela de madeira para Xangô?

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Meu Saravá fraterno a todos os irmãos de Umbanda e Candomblé que acompanham meu blog em seus momentos de lazer navegando pela internet. Estive um pouco afastado das publicações aqui no blog mas este ano resolvi separar as sextas feiras à noite para estudar e escrever aqui no blog. Hoje lendo e estudando um pouco sobre as lendas dos Orixás lendo o livro Mirologia dos Orixás de Reginaldo Prandi li uma lenda sobre Xangô Ayrá e Oxalá. Sei que Xangô e Ayrá são dois Orixás diferentes no Candomblé, no entanto, em algums Terreiros Umbandistas Ayrá é uma qualidade de Xangô. Entendido isso espero não ser atacado por puritanistas de plantão, afinal, eu repassarei a lenda na íntegra tal qual li no livro, haja vista eu já ter citado a fonte. Muito filho de fé umbandista não sabe pq oferenda seu Pai Xangô em uma gamela e não em um alguidar ou em louça como os outros Orixás na lenda que reproduzo à seguir será explicado o porquê desse fundamento.  Eis a lenda:. Xangô Ayrá, aquele q