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Tristeza dos Caboclos

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É noite de lua clara e céu estrelado, noite de festa na aldeia, me ponho a caminhar pelas estradas que levam à mata pedindo licença a Pai Ogum e ao senhor Tranca Ruas. Ao chegar a beira da mata sinto algo de estranho no ar não ouço as gargalhadas do Senhor Exu da Mata nem da Sra Pombogira da Mata, como de costume peço licença ali deixando minha pequena oferenda e adentro a mata. O silêncio da mata é ensurdecedor e apavorante, um silencio gélido quase sepulcral, depois de quase uma hora de caminhada avisto a aldeia, toda escura e em silêncio. Resolvo me aproximar com cuidado pois além de não seber o que se passa não desejo assustar alguém ou atrapalhar uma cerimônia sagrada. Assim que chego a aldeia avisto o Caboclo Serra Negra sentado em uma grande pedra perto das toras da fogueira que estavam apagadas. Ele estava ali pitando seu cachimbo com o olhar fixo nas estrelas, a medida que me aproximo dele outros caboclos e caboclas começam a sair das ocas e percebo que não estão portando os p