Pensamentos e Reflexões de um Filho de Pemba

Salve, salve, Galerinha do Bem!!! Hoje quero falar de um fundamento muito importante que é a defumação. A defumação é um ritual de purificação do corpo físico e espiritual feita através da queima de ervas secas, que além da limpeza dos corpos físico e espiritual pode ter função de acalmar, trazer prosperidade, entre outras funções dependendo das ervas que se utiliza. Com certeza uma das coisas que marca toda pessoa que chega a um terreiro de Umbanda é o inconfundível perfume da defumação que é feita no terreiro antes do trabalho para preparar o ambiente para os atendimentos. As ervas que se utilizam podem variar de casa para casa mas em geral se pode usar: alecrim, manjericão, arruda, guiné, alfazema, benjoim, incenso entre outras ervas. Todo médium umbandista aprende logo que é aceito em uma corrente mediúnica de um terreiro que é importante fazer seu banho de ervas antes de ir para o terreiro em dia de função, pois o poder das ervas aliado ao poder da água já faz uma

Salve, salve Galerinha do Bem!!! Hoje quero falar sobre um assunto que todo umbandista ou frequentador com toda certeza já viu em algum terreiro por onde já passou e certamente tem dúvidas que é o ponto riscado.   O ponto riscado é um conjunto de símbolos    que   identificam   a entidade que o riscou que através dele faz suas firmezas e atua, de acordo com os símbolos riscados, conforme a necessidade do guia ele pode acrescentar um símbolo a mais em seu ponto riscado para buscar a energia ou vibração que precisa para o atendimento naquele dia. É importante que os médiuns iniciantes compreendam que os pontos riscados são diferentes de uma entidade para outra. Por mais que em um mesmo terreiro tenham dois Caboclos Tupinambá seus pontos riscados serão diferentes mesmo que existam alguma semelhança em relação aos símbolos empregados pelo fato de pertencerem à mesma falange de espíritos. À medida em que o médium vai amadurecendo e se mostrando mais preparado para ass

Salve, salve Galerinha do bem!!! Hoje quero falar sobre a diferença de Pemba e Efun. Pemba é uma espécie de giz calcário largamente utilizado na Umbanda para riscar os pontos de entidades de trabalho, fazer cruzamentos, pós, etc. A pemba tem um formato elíptico e pode ser de diversas cores sendo a mais utilizada a cor branca. A pemba na Umbanda tem uma função ritualística muito importante ela é amplamente utilizada na rotina litúrgica de um terreiro. Ela pode ser utilizada ralada em pó para cruzamento do terreiro no início das giras. É utilizada também como instrumento de escrita para as cerimônias de confirmação de guias onde riscam seu ponto riscado, dão nome e são coroados para o trabalho de atendimento ao público O efun é um mineral conhecido também como tabatinga que é encontrada no leito dos rios, no passado foi utilizada como tempero semelhante ao sal é muito usado no Candomblé na iniciação de seus aspirantes misturada a água para fazer pinturas específicas para

Salve, salve Galerinha do bem! Hoje quero falar sobre uma questão que ainda hoje vejo levantar polêmica entre nós umbandistas que é a utilização ou não dos atabaques em nossos atos litúrgicos. Sabemos que a Umbanda é uma religião onde a musicalidade é parte fundamental da liturgia e da identidade cultural religiosa. Muitas pessoas que chegam à primeira vez a um terreiro e ouvem o som envolvente e ritmado dos atabaques e dos pontos cantados relatam ser uma experiência incomparável e inesquecível. Algumas sentem arrepios, outras se emocionam entre outras reações que afloram nesse momento durante uma gira de Umbanda. Os atabaques assim como as palamas e os pontos cantados tem grande importância na liturgia umbandista pois é através da música que evocamos nossos Orixás e Guias para o trabalho em prol do próximo. Um atabaque dentro de um terreiro de Umbanda não é um simples instrumento de percussão é um instrumento sagrado que promove o contato entre o Orun e o Aiyê para que

Salve, salve Galerinha do Bem!!! Certa vez uma pessoa que não conhece a cultura e tradição dos cultos afro-brasileiros me pediu para falar um pouco sobre a Umbanda. Em um primeiro momento fiquei feliz por ter a oportunidade de explicar para uma pessoa leiga um pouco sobre a Umbanda. Com muito amor e respeito falei sobre nossos Orixás, Guias, Fios de Contas, Banhos, Defumações e alguns costumes como o ato de bater cabeça. Quando cheguei a esse assunto, do batimento de cabeça, a pessoa ficou assustada e me questionou o por quê de se deitar diante de uma pessoa e tocar o chão com a testa e pedir sua benção. Depois que eu expliquei o porquê de bater cabeça ao nosso Dirigente Espiritual, ao Orixá e Guias de nosso Dirigente e nossos próprios Orixás e Guias essa pessoa me perguntou por que somos tão submissos a uma pessoa ou divindades. Naquele momento fiquei perplexo com a pergunta, pois para mim sempre esteve muito claro que o ato de bater cabeça é um sinal de respeito e