Pensamentos e Reflexões de um Filho de Pemba

Salve, salve, Galerinha do bem!!! Ontem navegando em uma rede social me deparei com um desabafo de uma Mam'etu (sacerdotisa do Candomblé de Angola) no qual ela falava de sua tristeza em relação à falta de respeito dos irmãos candomblecistas de outras nações que fazem pouco caso, zombam da Nação Angola. No entanto esse fato não ocorre apenas nos cultos de nação (Candomblés), infelizmente, ocorre também na Umbanda, onde irmãos julgam outros irmãos acreditando serem donos da verdade única e suprema a cerca do que é a Umbanda. Não podemos nos esquecer que o Candomblé é um culto de resistência à opressão do branco ocidental que privou o africano de sua liberdade e lhe impôs sua cultura e religiosidade, resistência a opressão cristã na qual vivemos atualmente, resistência à ditadura militar tempo em que muitos Babalorixás e Yalorixás foram perseguidos tendo muitas vezes seus terreiros construídos a custa de muito suor e trabalho destruídos como se nada fossem. Deve...

Salve, salve Galerinha do bem! Hoje quero falar sobre uma questão que ainda hoje vejo levantar polêmica entre nós umbandistas que é a utilização ou não dos atabaques em nossos atos litúrgicos. Sabemos que a Umbanda é uma religião onde a musicalidade é parte fundamental da liturgia e da identidade cultural religiosa. Muitas pessoas que chegam à primeira vez a um terreiro e ouvem o som envolvente e ritmado dos atabaques e dos pontos cantados relatam ser uma experiência incomparável e inesquecível. Algumas sentem arrepios, outras se emocionam entre outras reações que afloram nesse momento durante uma gira de Umbanda. Os atabaques assim como as palamas e os pontos cantados tem grande importância na liturgia umbandista pois é através da música que evocamos nossos Orixás e Guias para o trabalho em prol do próximo. Um atabaque dentro de um terreiro de Umbanda não é um simples instrumento de percussão é um instrumento sagrado que promove o contato entre o Orun e o Aiyê para que...