Só se lembra de Exu na hora da precisão.


Salve, salve Galerinha do Bem!!!

Como diz o ponto "Só se lembra de Exu na hora da precisão" o que infelizmente é verdade só se lembra de Exu quando se precisa de algo ou de ajuda. É muito difícil ver alguém ir até Exu apenas pedir um passe ou agradecer por algo conquistado ou algum objetivo alcançado.

Recentemente escrevi um texto falando sobre a gratidão, sobre como é raro alguém vir ao terreiro apenas para agradecer o que de bom recebe tanto de Deus como dos Orixás através da ajuda e auxílio dos guias quem através de seus filhos vêm nos fazer caridade.

Aprendi com meus mais velhos que a Umbanda é uma religião plural, que admite várias vertentes
com diversas influências em seu culto. Pelo Brasil a fora encontraremos terreiros onde a Umbanda recebe influências da Jurema (PE), do Xangô (MA), do Candomblé (SP, RJ, RS), do Batuque (RS) entre tantas outras influências, as quais não nos cabe julgar mas respeitar.

Devido a essa pluralidade Exu é reverenciado e cuidado de formas diferentes há casas em que Exu é algo fechado, velado e pouco se louva Exu em algumas casas, apenas algumas uma ou duas cantigas e uma ou outra gira de Exu durante o ano.

Mas quando a coisa pega não é, com todo respeito, a Caboclo ou Preto Velho que se recorre é a Exu. Como brinca o Sr. Capa Preta das Almas, meu Exu, "Exu vai onde Caboclo não suja as penas e Preto Velho não rasga as rendas". Com isso ele quer dizer que cada linha de trabalho na Umbanda tem seu campo de ação e não interfere no trabalho da outra, cada uma tem sua importância e complementam o trabalho desenvolvido por cada uma delas.

Quando falo em agradecer não falo em presentes caros, uma prece feita com sinceridade e de coração tem um efeito fabuloso! Uma simples farofa com um copo de marafo e um charuto também é bem aceito! Nunca se esqueça que Exu é astuto, Exu é ardiloso, e sabe quando algo é feito de má vontade ou por obrigação.

Há um dito no candomblé que diz "Exu matou ontem o pássaro com a pedra que atirou hoje" o qual interpreto que quer dizer que Exu está em todo lugar a qualquer momento, o tempo para Exu é um brinquedo com o qual se diverte e trabalha ao mesmo tempo.

Exu é um menino que trabalha brincando e brincando trabalha. Só quem realmente conhece a natureza de Exu é capaz de compreender o que digo. 

Quem conhece a verdadeira face de Exu louva e agradece a Exu até mesmo pelos tropeços da vida. 

Exu é quem abre os caminhos e leva nossas oferendas e pedidos para o Orun. 

Sejamos mais gratos a esse grande trabalhador do Orun, que possamos dar a ele seu devido valor reconhecendo seu trabalho lhe permitindo trabalhar.

Laroyê Exu, Exú Mojubá!!!


Um abraço fraterno.


Pai Daniel
O Japa Umbandista

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