A força do dinheiro

Salve, salve, Galerinha do bem!!!

Tudo bem?


Hoje venho falar sobre um assunto muito discutido em nosso meio que é a questão do dinheiro nos terreiros. Quando se fala que os atendimentos realizados nos terreiros devem ser gratuitos em dias de gira eu concordo plenamente, pois foi o dia que o Pai ou Mãe da casa estabeleceu para fazer o atendimento daqueles que necessitam de auxílio espiritual.

Não é raro algum consulente nos procurar após a gira, ou durante a semana via rede social ou telefone pedindo um atendimento particular fora do dia e horário de gira ou pedindo um atendimento com oráculo. 

Esse tipo de atendimento é algo que vai além da caridade, pois nem sempre os motivos que levam ao pedido de atendimento é, digamos, de auxílio isso sem contar que implica dedicação de tempo exclusivo para aquele consulente, dispêndio de energia, gastos com água, luz, energia elétrica, gás de cozinha, insumos (farinhas, grãos, pós, pembas, efun, etc). Sem contar o aluguel, IPTU, taxas e impostos.

É impossível manter uma casa espiritual aberta, em especial as casas de culto afro-brasileiro, de forma 100% caritativa, mesmo o dirigente tendo um emprego que lhe proporcione um bom salário, pois as despesas que se tem mensalmente são grandes.

Sendo assim essas consultas particulares, ao meu ver, não é errado cobrar. Acho errado cobrar para se tomar um passe ou conversar com alguma entidade em dia de gira de atendimento público. Dessa forma para que a casa consiga sobreviver e cumprir sua missão primordial que é ser uma casa de culto religioso é necessário que os filhos da casa contribuam mensalmente com uma quantia para que esse espaço se mantenha e que os assistidos de forma particular contribuam também pagando pela consulta recebida.

Quero salientar novamente que esta é minha opinião particular e que não sou o dono da verdade, portanto, respeito quem tem opinião contrária e exijo que a minha seja respeitada.


Meu abraço fraterno.



Pai Daniel
O Japa Umbandista

Comentários

Thiago disse…
Concordo com o explanado acima, porém é de minha opinião particular que haja um cuidado com relação ao que esse consulente que pede uma consulta particular deseja alcançar, na curta passagem que tive nesse meio fiquei surpreso com a quantidade de pedidos de auxílio amoroso que recebi, eram os mais diversos... vi casos de esposas irem pedir pelos maridos que haviam saído de casa ou que assim desejavam fazer, e me "justificavam" que isso era o certo por se tratar de um matrimônio, mas aí vem minhas indagações: como fica o livre arbítrio desse cidadão, e as causas que o levaram a sair de casa ou terminar o relacionamento, e se isso for algo para o crescimento e evolução da pessoa em questão, até onde é certo e seguro interferir em algumas situações???
Pode ser que me dia eu chegue a uma resposta, mas por enquanto prefiro não me envolver nesses assuntos...

Axé

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