Sagrado X Profano
Caros irmãos,
Nesses últimos tempos tenho refletido muito sobre vários assuntos entre eles o conceito de sagrado e profano.
Desde tempos imemoriais, desde as formas mais primitivas de religiosidade já encontrávamos no ser humano valores de sagrado.
Mesmo na pré-história em que a religiosidade era bem primitiva, o homem já possuía o valor de sagrado, considerava sagrado, por exemplo, o raio, que quando caia na terra em cima das árvores produzia fogo, fosse por temor ou por respeito, ali estava um sentimento do sagrado.
Assim a religiosidade foi evoluindo, se assim pode-se dizer, à mesma medida em que o homem evoluia.
Assim vemos o conceito de sagrado se transformando, assumindo outras feições de acordo com as religiões que foram surgindo.
Nas culturas antigas como nas civilizações Greco-romanas vemos a adaptação de um mesmo panteão religioso à cultura e valores de cada sociedade. Podemos citar ainda as civilizações Celta e Egípcia cada uma com seu panteão religioso e seus valores de sagrado. Temos também a religiosidade africana, que tem em seus Orixás a manifestação máxima do criador.
Assim como se formaram os conceitos sobre o que é sagrado para cada religião também foram instituídos conceitos sobre o que é profano.
Agora voltemos para os dias de hoje, tenho percebido que o conceito de sagrado e profano passou a ser algo unilateral, onde cada um, aos olhos da doutrina que segue, aponta para a religiosidade diferente da sua e diz ser profana.
A própria Igreja Católica, no Brasil Colônia, tratou de endemonizar a figura de Exu e também a religiosidade africana, que os escravos trouxeram consigo, com o objetivo de neutralizar qualquer possibilidade de revolta ou até mesmo para arrebanhar mais fiéis para seus rebanhos.
Na imagem que ilustra esse post coloquei uma imagem ilustrando o sagrado, os nossos amados Orixás, mas respeito todas as formas do sagrado, nas mais diversas religiões.
Nessa mesma imagem encontramos outras duas fotos que representam o profano que foi a lamentável destruição de um terreiro, no Rio de Janeiro, e outra foi a destruição de um túmulo de uma família judia, essas posturas são profanas sim porque violaram algo sagrado.
Para nós Umbandistas o altar em nossos terreiros é sagrado, pois é nele que são irradiadas as energias sutis que vem de Aruanda e se irradiam para nós, a destruição desse altar foi um ato de violação de um local sagrado, pois invadiram o terreiro momentos antes de se iniciar uma gira. Sabemos os guias estão em trabalho muito antes de se abrir os trabalhos religiosos, preparando o ambiente limpando-o de energias negativas e miasmas e também energizando o espaço com fluidos positivos.
Para todos as culturas o cemitério é um local sagrado, a última morada de nosso corpo material, assim a destruição do túmulo na foto em questão, também foi um ato profano.
Meu objetivo com esse artigo é chamar atenção das pessoas à necessidade de se respeitar as pessoas, como ser humano, acima de tudo, independente de raça ou religião.
Um abraço fraterno.
D A N I E L
Um abraço fraterno.
D A N I E L
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