Mantendo um Terreiro

Quando criei esse blog, minha maior preocupação sempre foi a de publicar aqui nesse espaço textos que realmente fosse contribuir com o leitor de alguma forma, nesse caso agregando conhecimento ou esclarecendo dúvidas sobre assuntos pertinentes à Umbanda.

Ultimamente andei pensando em algum tema interessante para abordar aqui e cheguei a conclusão de que o assunto manutenção de um templo umbandista seria bem apropriado, pois junto dele vêm uma série de outros assuntos, também polêmicos.

Desde que entrei no Orkut, há cinco anos atrás eu vejo essa discussão, sobre o dinheiro no terreiro.

É fato que a caridade deve ser o norte do trabalho de qualquer pessoa que tenha ligação com a espiritualidade através de uma religião, seja a religião qual for.

Entretanto manter um templo religioso, também seja ele qual for, implica custos, afinal temos despesas com água, luz, em alguns casos telefone, gás, produtos de limpeza e higiene etc.

Quando falamos de um templo umbandista essas despesas parecem que aumentam vertiginosamente pela própria característica do culto onde utilizamos diversos elementos entre eles velas brancas e coloridas (palito e 7 dias) isso quando os guias não pedem outros tipos, fumos diversos (cigarro, charuto, fumo pra cachimbo, cigarro de palha), ervas secas e in natura, carvão para preparar braseiro de defumação, bebidas para firmar a tronqueira, flores, eventualmente frutas para alguma oferenda, ufa.... é muita coisa se for listar meu artigo será mais uma lista de itens necessários para um templo do que um artigo.

Bem a aquisição de todos esses insumos e o pagamento das contas de consumo necessitam de um determinado valor de numerário para que se possa fazê-lo, então de onde tirar esses valores?

Essa deve ser a pergunta que todo dirigente deve se fazer ao final do mês quando chegam as contas e é necessário comprar o material a ser utilizado nos trabalhos seguintes e se vê sem um caixa de onde se possa tirar o dinheiro necessário pra isso.

Ouvi de algumas pessoas no Orkut que o Sacerdote só deve abrir seu terreiro caso ele tenha condições de manter o terreiro sozinho, sem contar com os filhos ou doações advindas da assistência.

Mas pense... Se os médiuns vêm à procura de um auxilio e para desenvolver sua mediunidade, porque não ajudar a manter o templo que o acolhe, vejam bem, não falo em explorar o médium e nem em proibição de freqüentar a casa para aqueles que não podem ajudar, falo em uma contribuição não só em espécie, mas também em material, quando pode trazer um maço de velas, ou um pacote de papel higiênico, ou um pacote de sabão em pó essas coisas, já ajudam bastante.

Eu acho válido haver uma contribuição em dinheiro dos médiuns para ajudar na manutenção do terreiro, desde que essa contribuição não vá deixar o médium passando privações em seu lar. Entretanto há que se ter bom senso, cabe ao médium conversar com o seu dirigente para que este conheça sua situação e que possa tomar as providências pertinentes para isentá-lo da contribuição.

Também se fala muito em não aceitar doações ou contribuições da assistência.

Muitas vezes a assistência recebe alguma graça dos Orixás através da ajuda presta pelos guias que trabalham na casa, e esses como forma de gratidão muitas vezes sentem vontade de fazer uma doação seja em dinheiro ou com material de consumo.

Entretanto é preciso diferenciar as doações e contribuição de cobrar para ajudar, de comércio da fé.

A diferença entre uma e outra é muito tênue, basta um descuido que se põe tudo a perder.

Fica a reflexão.

Abraço fraterno.

D A N I E L



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