Dia de Finados

Ontem 02 de novembro, dia consagrado à lembrança dos que já se foram, alguns terreiros de Umbanda também fazem suas homenagens ao amado Pai Omulú, Senhor da Morte. Alguns terreiros fazem giras de pretos velhos outros de esquerda, conforme a indicação dos Chefes da casa.

Essa data para muitos é uma data de muito pesar, muita tristeza, vão aos cemitérios chorar seus mortos, de acordo com cada cultura e religião professada. Os orientais tem o culto a seus antepassados muito arraigado em sua cultura, celebrado em 15 de agosto, conhecido como O bon em geral na casa dos primogênitos fica um pequeno oratório (hotokesama ou butsudan) em que se fazem as homenagens em que são ofertados pratos apreciados pelo falecido, água, e incenso japonês (osenko), essa prática ofertatória também era realizada em cemitérios, mas o Governo Japonês a proibiu porque atraia muitos corvos aos cemitérios.

Esse exemplo da cultura japonesa é somente um entre tantos costumes de culto aos mortos ou antepassados, como queiram chamar. 

O mais importante em relação a isso, principalmente para nós umbandistas e também aos espiritualistas, é saber que a morte ocorre somente em um lado da existência pois nascemos do outro lado da vida para prosseguirmos nosso aprendizado na pátria espiritual. Como muitos dizem, a morte é a única certeza de que se tem da vida.

Pare um pouco para pensar. Desde o momento em que nascemos, a cada dia que passa estamos um dia mais próximos do dia em que retornaremos à pátria espiritual, o como muitos dizem retornar ao pó. É um jeito fatalista de enxergar a verdade? Sim pode ser. Mas se assim pensarmos não há razão de temer tanto a morte.

Não temer a morte não significa porém que devamos perseguir a morte. O que seria perseguir a morte? Perseguir a morte por exemplo é utilizar drogas, ou não cuidar de nossa saúde, nos colocar em situações de risco, etc.

Muitos vêem os cemitério como um lugar tétrico, mórbido, outros no entanto os consideram lugares de paz e tranquilidade. De certo modo tanto uns como outros têm razão. Se analisarmos o cenário que vemos quando adentramos ao cemitério realmente é um local de paz e serenidade, porém não podemos afirmar o mesmo em relação à situação que encontramos do outro lado do véu.

No momento do desencarne existem muitas coisas a serem consideradas que podem se tornar um tormento àqueles que fazem a passagem. Em geral para aqueles que são muito apegados à matéria o desligamento da carne é muito difícil e doloroso. De uma forma ou de outra somos todos devedores da Lei Divina, se não o fôssemos, estaríamos fora do ciclo reencarnatório. Muitos são atormentados por espíritos que vagam pelos cemitérios. Bem essas são algumas possibilidades do que poderia ocorrer após a morte. Mas são apenas divagações baseadas em literaturas espíritas e espiritualistas a verdade só conheceremos quando chegar nossa hora.

Assim no dia de finados devemos nos ligar às boas lembranças, dos bons momentos que vivemos ao lado daqueles que amamos enquanto estiveram ao nosso lado durante a grande aventura que é viver.

Um abraço fraterno.

D A N I E

Comentários

Anônimo disse…
Puxa, Daniel..
Adorei seu blog, já vi que vou virar seguidora
Um grande beijo e muita luz
Caia

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