Ogunhê meu Pai!!!! Patakori Ogum!!!

Caros irmãos blogueiros, já faz um tempo que não posto um artigo novo aqui no blog. Como estamos nos aproximando das festividades de Ogum resolvi homenagear esse amado Pai escrevendo um pouco sobre ele nesse espaço que dedico também a ele.

Como é de conhecimento de muitos, no Estado de São Paulo comemoramos as festividades em homenagem a Ogum em 23/04, sincretizando esse Pai guerreiro com o respeitado São Jorge, porém na Bahia, berço do Candomblé, Ogum é sincretizado com São Sebastião sendo comemorado em 20/01, quando em São Paulo festejamos Pai Oxossi.

Sincretismos a parte, seja ele São Jorge ou São Sebastião, o que importa é que estamos nos reportando a Pai Ogum e o importante é amarmos e respeitamos esse poderoso Orixá que todos os dias nos abençoa com força e coragem para vencer os desafios de cada dia.

Pai Ogum grande guerreiro também é conhecido como o senhor do ferro, da metalurgia, reza uma lenda que dos Cultos de Nação, onde Nanã se idispôs com Ogum e a partir de então Nanã não aceita oferendas em que se tenham utilizado instrumentos de ferro para sua preparação.

Eu ,particularmente, respeito as lendas africanas e também respeito os costumes e ritos do Candomblé, mas encaro nossos amados Pais e Mães Orixás como seres acima de sentimentos tão humanos como a mágoa, o rancor entre outros.

Pai Ogum é o Orixá da Lei, dono dos Caminhos. Ele junto de Xangô representam, respectivamente, a Lei e Justiça Divinas, impondo ordem e equilíbrio ao caos. Não há Lei sem Justiça, tampouco Justiça sem Lei.

Com essas breves palavras acredtito que já podemos ter uma breve noção do que representa esse grande Orixá em nossas vidas e em nosso culto.

A seguir segue uma pequena oferenda para Pai Ogum:

1 velas azul escuras
1 velas vermelhas
1 velas brancas
1 pano azul escuro
1 cerveja clara
1 goiaba vermelha
1 ameixa vermelha
1 pinha
1 charuto
fitas azul escuro, vermelha e branca.

Sobre uma mesa estenda o pano azul escuro e em um pires coloque as velas em forma de triângulo de forma que no vértice que aponta para cima fique a vela branca, no vertice que aponta para a direita fique a vela vermelha e no vértice que aponta para a esquerda a azul escura, em um prato branco coloque as frutas ao centro do triangulo e ao redor do prato forme um novo triangulo com as fitas colocando a fita branca na base, a azul escura a esquerda e a vermelha na direita, coloque o charuto aceso, em pé entre as frutas.

Se ajoelhe e faça uma oração evocando a presença de nosso amado Pai Ogum e peça a Ele que corte todas as amarras e que abra seus caminhos para que assim você possa ir em busca daquilo que necessita, que tenha força e coragem para enfrentar todos os desafios.

Deixe as velas queimarem até o fim, quando queimarem pode jogar o que sobrar das velas e do charuto no lixo. Consuma as frutas partilhando com sua família para que todos possam se beneficias das frutas consagradas na oferenda, guarde as fitas como sua proteção.

Um abraço fraterno.

Daniel
Filho de Orixá.

Comentários

tiagomaçon disse…
"eu não seria nada se não fosse Ogum para abrir a minha estrada"

Ogunhê meu Pai!

Ogum deve ser sempre saudado, pois não existe nada na vida que ande sem a energia de movimento de Ogum...

...quem sente a energia de Ogum, duvido que não peça sempre sua benção...

abraços
Fernanda MAtos disse…
Ogum

Cantavam num tal tempo e canto, um conto,
Que um moço tendo na aldeia chegado
Tentou conversar em vão e ficou tonto
Sem respostas de um povo silenciado.

O tal moço sentiu-se furioso,
Por fantasiar aquela zombaria
Do povo, a quem se mostrou poderoso
E matou todos com sua artilharia.

Tempos depois, chegando noutra aldeia,
Contou o ocorrido para um ancião.
O velho falou ser coisa na veia
Do povo, nuns dias, nada dizer não.

O moço, Ogum, sentindo-se culpado
jurou proteger todo o injustiçado.

Fernanda Barros de Matos
Sociedade do Baobá - (Soneto tipo inglês, 14 versos, três quartetos e um dístico, decassilábicos, ABABCDCDEFEFGG)

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