Raízes

Saravá pra quem é de saravá, mokoiu pra quem é de mokoiu, motumbá pra quem é de motumbá, kolofé pra quem é de kolofé.

Hoje o assunto que me traz aqui é um tema ao qual no início de minha caminhada mediúnica na seara umbandista eu não dava muita importância. Tenho orgulho em poder dizer que escolhi viver para o Orixá na Umbanda por amor e devoção e não pela dor ou conveniência, mas infelizmente, como muitos filhos de santo na Umbanda e talvez até do Candomblé passei por alguns terreiros até encontrar o meu lugar em um terreiro no qual me fixei.

Este ano completo 18 anos de santo e somente hoje posso dizer que conheço as minhas raízes, a fonte do conhecimento que me alimenta e me leva adiante em minha vida religiosa. É muito comum quando se conversa entre irmãos de fé se ouvir a pergunta: "você é filho de quem?". No começo eu achava que isso era irrelevante e desconversava e mudava de assunto, pois acreditava que era algo que dizia respeito apenas e mim e a mais ninguém; hoje, entretanto, eu vejo a importância dessa informação.

Devemos ter orgulho de dizer o nome de nosso Pai no Santo, de nosso Avô no Santo e de nossos antepassados quando conhecemos nossa árvore genealógica a fundo. Se não fossem esses baluartes em nossas vidas não teríamos a oportunidade de receber o axé da forma que recebemos das mãos de nossos Pais ou Mães.

Só se conhecerá essa história se perguntarmos a nossos zeladores ou irmãos mais velhos nos momentos em que estamos recebendo seus ensinamentos ou nos momentos de mais sossego nas funções do terreiro. Não devemos ter vergonha em dizer com orgulho o nome do nosso terreiro e de nosso Pai ou Mãe, pois se não fossem eles nossos santos não comeriam e não teríamos a orientação necessária para nosso crescimento e evolução espiritual.

Eu sei parte de minhas raízes e você? Conhece as suas?

Meu abraço fraterno.

Pai Daniel

Fonte da imagem: https://br.pinterest.com/explore/%C3%A1rvore-da-vida-909760209033/

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