Homenagem do Blog Pensamentos e Reflexões de um Filho de Pemba à Mãe Beata de Yemanjá
Salve, salve Galerinha do bem.
É com profundo pesar que escrevo hoje neste blog. Nzambi sentiu falta de uma estrela no céu e chamou devolta, para junto de Si uma de suas diletas filhas.
Nesta tarde foi sepultada no Cemitério de Nova Iguaçu Mãe Beata de Yemonjá. Nos deixa aos 86 anos de idade dos quais mais de 30 anos foram dedicados ao engrandecimento e reconhecimento do Candomblé.
Nascida Beatriz Moreira da Costa Em Cachoeira no Recôncavo Baiano e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1969 onde fundou o Ilê Omi Oju Arô no Bairro de Miguel Couto em Nova Iguaçu Município - Baixada Fluminense.
Lá Mãe Beata desenvolveu e participou de muitos projetos de combate à intolerância religiosa, discriminação de raça e de gênero, violência contra a mulher, campanhas de prevênção a doenças (DST/AIDS/Cancêr de Mama) e de defesa do meio ambiente.
Fez de seu asè um polo de cultura onde são oferecidas à comunidade oficinas de dança, música, artes e de geração de renda. Mãe Beata ainda planejava criar uma biblioteca como mais uma forma de levar cultura e informação aos frequentadores do Ilê.
Doce como toda filha de Yemanjá mas sabia ser firme em seus pronunciamentos. Muito sábia escreveu quatro livros "Caroço de dendê: A sabedoria dos terreiros", "Histórias que minha avó contava", "Tradição e religiosidade" e "O Livro da Saúde das Mulheres Negras".

Não tive a oportunidade e honra de conhecê-la pessoalmente mas aprendi a respeitá-la por sua sabedoria, inteligência e respeito aos nossos amados Orixás. Ficam meu pesar por sua partida e meus respeitos por tudo que a senhora representa para nossa comunidade.
Meu fraterno abraço a todos.
Hoje subscrevo-me apenas.
Pai Daniel
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